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Colômbia elege Gustavo Petro, 1º presidente de esquerda do país

Publicada em: 19/06/2022 19:58 - -Eleicões 2022

Com 99% das urnas apuradas, ex-prefeito de Bogotá e ex-guerrilheiro derrota populista Rodolfo Hernández.



A Colômbia decidiu neste domingo (19), em votação de segundo turno, quem será o novo presidente pelos próximos anos. Com 99,67% das urnas apuradas, o candidato de esquerda e ex-guerrilheiro Gustavo Petro venceu, com 50,48% dos votos, a disputa contra o populista Rodolfo Hernández, que alcançou 47,26%. É a primeira vez que a esquerda chega ao poder na Colômbia.


No primeiro turno, Petro — que é do partido Coalizão Pacto Histórico — venceu com 40,3% dos votos, 12 pontos percentuais de vantagem sobre o milionário Hernández (28,2%), da Liga de Governantes Anticorrupção. Já para o segundo turno, as pesquisas mostravam um empate técnico entre os dois candidatos.


Além do primeiro presidente de esquerda, a Colômbia terá pela primeira vez em sua história uma vice-presidente negra, a advogada e ambientalista Francia Elena Márquez Mina, da chapa de Gustavo Petro.

Nas redes sociais, Petro comemorou a vitória e disse que "hoje é o dia das ruas e praças". "Hoje é festa para o povo. Que ele celebre a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam amortecidos na alegria que hoje inunda o coração da Pátria. Esta vitória é para Deus e para o Povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e praças", escreveu.

As seções eleitorais fecharam às 16h (18h em Brasília).

Por volta das 8h (10h no horário de Brasília), o presidente Iván Duque, impedido por lei de concorrer à reeleição, depositou seu voto na Praça de Bolívar, em Bogotá.

Quem eram os candidatos?

Ex-prefeito de Bogotá, Petro, de 62 anos de idade, representava a maior chance da esquerda chegar ao poder pela primeira vez na Colômbia. Sua candidatura, no entanto,foi vista por boa parte do eleitorado com desconfiança e até temor devido a seu passado de guerrilheiro.

Ele defende um novo modelo econômico calcado no social, no meio ambiente, e que defenda a paridade de gênero. As reformas que propõem não visam diminuir o gasto público ou o tamanho do Estado. Pelo contrário, apontam para um maior gasto com Saúde, Educação e aposentadorias.

Hernández se apresentava como antissistema, defensor do capitalismo e da austeridade. Ele fez sua fortuna construindo e vendendo conjuntos habitacionais para os pobres em sua terra natal Piedecuesta (norte) durante a década de 1970.

No final de 2015, foi eleito prefeito da vizinha Bucaramanga, capital do departamento de Santander, com 600 mil habitantes. Durante a campanha, prometeu milhares de casas gratuitas que nunca foram entregues, mas conquistou adeptos ao derrotar os clãs políticos tradicionais e limpar as finanças públicas da cidade.

O seu discurso de campanha girava em torno do combate à corrupção e da austeridade no Estado, cortando gastos e privilégios como embaixadas, motoristas, assessores e voos com o avião presidencial.

Mulher negra como vice


Colômbia terá pela primeira vez em sua história uma vice-presidente negra, a advogada e ambientalista Francia Elena Márquez Mina. Márquez, de 40 anos, é companheira de chapa de Gustavo Petro.

Francia Márquez tem um perfil público mais amplo — há muito tempo está no centro das atenções por seu notável ativismo ambiental, especialmente desde 2015, quando recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, seguido em 2018 pelo Prêmio Ambiental Goldman, considerado o "Nobel do Meio Ambiente".

Também negra, a engenheira Marelen Castillo Torres, de 53 anos, disputava o cargo de vice na chapa de HernándezMarelen Castillo, que só começou a ser falada na política depois que foi escolhida como companheira de chapa por Hernández, permanece desconhecida para a grande maioria dos colombianos. Toda sua carreira profissional foi focada no mundo universitário.


Fonte: Uol notícias

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