O servidor municipal de Corumbá, Marconi de Souza Júnior, que já ocupava cargo de assessor especial na prefeitura, agora será superintendente da Agência Municipal Portuária. Ele é investigado da Operação Mercês, da Polícia Federal, deflagrada em outubro de 2021 cujo foco era a compra de votos durante o período eleitoral de 2020. A nomeação ocorreu hoje, em Diário Oficial.
Na época a ação da PF, em novembro de 2021, teve acesso a áudios atribuídos a Marconi e outros investigados que mostravam o temor de serem descobertos e houve até pedido para que mensagens fossem apagadas para não deixar rastros.
Em um dos arquivos de som, servidor do alto escalão da prefeitura comenta que enviaria dinheiro para que eleitor comprado pegue R$ 1 mil no prédio da administração municipal. Esse recurso seria pago para que a pessoa realizasse exames médicos em laboratório do irmão do prefeito, o Citolab e ao que parece, a negociação foi feita pelo telefone, de onde se pediu que as provas fossem apagadas e ainda, que dados de computador da empresa também o fossem.
Marconi, enquanto assessor especial no município, recebe R$ 12,2 mil, salário cujo valor não deve ser alterado com a nova função.
Operação - Durante a Operação Mercês foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na cidade. A intenção era esclarecer a associação de servidores públicos e vereadores do município para a compra de votos. O termo “mercês” vem do latim e sintetiza o modo de funcionamento da prática eleitoreira baseada em clientelismo, esquema observado na investigação. (Campo Grande News)














