Nesta quarta-feira (4) a Polícia Civil de Minas Gerais apresentou a conclusão do inquérito sobre o acidente aéreo, onde morreu a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021, no município de Piedade de Caratinga, região Leste de MG. A culpa da queda do avião foi atribuída aos pilotos.

A investigação desconsiderou outras possibilidades, como falha mecânica, mal súbito ou atentado, e aponta que, antes do acidente, não foi feito contato com outros profissionais para a realização do pouso no aeródromo, que era desconhecido pelos pilotos. Este tipo de contato é a conduta comum nesse tipo de procedimento.

Segundo as informações, houve negligência e imprudência por parte do piloto, Geraldo Medeiros, e do copiloto, Tarciso Viana. A polícia considerou que ambos cometeram homicídio culposo, quando não há intenção de matar, triplamente qualificado, com a extinção da punibilidade devido à morte dos dois tripulantes no acidente.

O advogado da família do piloto, alega que as conclusões da polícia de Caratinga não tem fundamento nas provas e que a Cemig instalou a rede de alta tensão na reta final do aeródromo do local na altitude do tráfego padrão, que é de mil pés, cujo aeródromo não tinha Carta Visual de Aproximação.

O acidente

No dia 5 de novembro de 2021, a aeronave que transportava a equipe de Marília Mendonça caiu em Piedade de Caratinga. O avião estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo. A aeronave decolou do Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia (GO), às 16h02min. O grupo voava em direção à cidade de Caratinga, onde a artista faria um show naquela noite.

Além de Marília Mendonça, morreram no acidente o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho. De acordo com a Polícia Civil, todos foram vítimas de politraumatismo contuso.