O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) bateu boca com dois parlamentares do PSOL, Pastor Henrique Vieira e Talíria Petrona, sobre a megaoperação policial que resultou mais de 100 mortes no Rio de Janeiro. Ele defendeu o governador Cláudio Castro (PL) e acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser “conivente com o tráfico” e “amigo de traficante”.
Os deputados do Rio responderam acusando o Gordinho do Bolsonaro de ser “amigo de miliciano”, em referência ao ex-presidente da República, que foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de estado e estar em prisão domiciliar.
A polêmica começou quando a megaoperação policial do Rio começou a ser debatida na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Rodolfo afirmou que Lula teria negado três pedidos de ajuda de Castro.
Os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio Teixeira, negaram que houve pedido. Sobre a solicitação de blindados da Marinha, o Governo federal só poderia ceder em caso de intervenção na segurança no Rio, como já ocorreu em 2018 na gestão de Michel Temer (MDB).
“O que o seu presidente está fazendo? Negou três pedidos do governador. O seu presidente é conivente com o tráfico, amigo de narcotraficante”, acusou Rodolfo. Pastor Vieira negou. “Não é conivente, não”, rebateu.
“Amigo do Maduro, ditador”, gritou Rodolfo, sobre o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, que entrou na mira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por suposta ligação com o tráfico de drogas.
“Miliciano, amigo de miliciano”, gritaram Talita e Pastor Vieira para Rodolfo, que se voltou e manteve o bate boca com os cariocas.
No início, Talita disse que “baile funk é bom demais. Sabe o que não é bom? Matar 70 pessoas no Rio de Janeiro, inclusive policiais”. O caso envolveu até o presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL), do Rio de Janeiro, que encerrou a reunião e foi chamado de “moleque, covarde e agressor de mulher” pela líder do PSOL.














