A senadora Soraya Thronicke surpreendeu ao anunciar mudança do União Brasil para o Podemos nesta segunda-feira (27). A troca do terceiro maior partido do País para o 11º deixou muita gente reflexiva sobre os motivos que teriam feito a senadora trocar de sigla.
Indagada sobre essa matemática, de perder maior orçamento e tempo de televisão, a senadora disse que não é só isso que ganha eleição. “Uma eleição não gira apenas em torno do tempo de TV, há outros fatores envolvidos. Se fosse assim, teríamos feitos todos os senadores e governadores que lançamos”, justificou.
A senadora não entrou em detalhes sobre os motivos, mas falou em compensações. Uma das apostas, segundo apurado pela reportagem, é a federação do Podemos com o PSDB, que renderia uma dobradinha de Soraya com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Podemos, PSDB e Cidadania chegaram a ensaiar uma federação para eleição do próximo ano, mas acabaram desistindo. Entretanto, há uma grande possibilidade de as legendas se unirem para a eleição de 2026, com intuito de fortalecer as siglas e não caírem na cláusula de barreira, que elimina partidos que não conseguem um mínimo de sucesso nas urnas.
O mandato de senador autoriza o político a trocar de partido a qualquer momento, sem risco de perda, visto que a justiça eleitoral entende que neste caso os votos são no candidato e não no partido. Desta forma, Soraya poderá mudar de ideia e partido nos próximos anos, caso não encontre no Podemos a estrutura que necessita para reeleição.
Briga judicial
A senadora Soraya Thronicke é autora de uma ação contra o ex-governador Reinaldo Azambuja por improbidade administrativa na investigação de suposta propina para a JBS no período que ele esteve no Governo do Estado.
A senadora acionou a justiça contra o então governador após delação premiada dos donos da JBS. Ela solicitou, inclusive, o bloqueio de R$ 38 milhões de bens de Azambuja.














